domingo, 20 de março de 2022

"Moby Dick" - Herman Melville

 Olá ! Hoje estou aqui para falar de um livro que acabei de ler, Moby Dick de Herman Melville, um livro extenso que merece uma resenha na mesma proporção.

O livro é narrado em primeira pessoa e o personagem que lhe dá vida é Ishmael um jovem em busca de novas aventuras e, desta feita, escolhe o mar como destino onde acaba embarcando num navio baleeiro, o Pequod, cujo comando pertence ao capitão Ahab um homem amargurado, que anos antes fora mutilado de um de seus membros num confronto quase fatal entre ele e Moby Dick, um cachalote de proporções gigantescas.

A princípio todos os tripulantes do navio acreditam estar numa missão meramente comercial buscando capturar o maior número de baleias com o único propósito de lhes extrair o espermacete, substância cerosa muito valiosa, mais conhecida como óleo de baleia mas, é apenas no meio da viagem que todos são surpreendidos com as declarações do próprio capitão Ahab que, possuído pelo ódio, convence sua tripulação a deferir pra si o seu desejo cego de vingança, sentenciando a todos ao mesmo fatal destino.

Bem ! O livro é permeado pelas descrições do cotidiano do navio, sobre tudo as coisas que dele pertence, contudo sua narrativa é instigante, nada tediosa, nos traz a curiosidade daquele pequeno universo até então desconhecido, o que nos proporciona as informações necessárias para as cenas mais impactantes.

Outro ponto de vista diz respeito ao período em que a obra foi escrita, 1851, época que não havia recursos suficientes para tamanha precisão em detalhes, só mesmo através de muito esforço e pesquisa para descrever e relatar a anatomia e os hábitos destes imensos cetáceos, além do seu abate e a descrição precisa na extração do espermacete e tudo quanto dele pudesse ser utilizado. É realmente algo que me impressionou muito !

A leitura foi extensa e tive o prazer de desfrutá-la com calma. Um pouco mais da metade do livro, ainda movida pela instigante história, senti vontade de procurar o Filme para assisti-lo mas, prevendo minha decepção consegui me conter e, resolvi fazê-lo apenas ao término da leitura.

Como é de se esperar todos grandes best-sellers acabam se transformando em filmes e, Moby Dick não fugiu a regra, procurei na Internet e encontrei algumas adaptações, escolhi a que melhor se adequou para o meu gosto e minhas expectativas, a versão de 1998 com direção de Francis Ford Coppola. Confesso que o filme não me decepcionou, até achei bom, os atores personificaram fielmente os personagens do livro, os diálogos foram reproduzidos com qualidade e sensatez mas, duas horas e vinte minutos de filme não foram suficientes para explicar uma obra tão extensa portanto, se você quiser emoção pra valer, aquela de tira o fôlego, tem que ler o livro ! Então o conselho que dou é o seguinte :  Leiam o livro Moby Dick de Herman Melville ! Pode demandar tempo mas creia, o enriquecimento cultural proporcionado por ele valerá cada segundo dessa maravilhosa viagem.

Proponho : "Venham embarcar com Ishmael no Pequod !"




 



sexta-feira, 18 de março de 2022

Olá !

 Olha eu aqui !


De volta !


Enfim !


Não, não fui eu que me ausentei, aliás estou sempre por aqui.


Quem se ausentou foi a CPU, a danadinha foi pro conserto, agora tá tudo bem.


Quando fico um tempo sem escrever a impressão que tenho é que perco a mão, melhor dizendo o jeito mas, aos poucos vou me adaptando.... será que a palavra é essa ?! Acho que não.... bem ! deixa pra lá ! Bem vinda de volta dona Silvia ! Bom recomeço pra senhora !


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terça-feira, 1 de março de 2022

A História da Família "Coelho"- Parte XVIII


"O Casamento"



O casamento de Ayda e Virgílio aconteceu no dia 21 de Dezembro de 1957 na igreja N.Sra de Lourdes.

Foram padrinhos de casamento, Justiniano, irmão da noiva e Maria do Céu, a tia que tanto os ajudou no começo de namoro, Elza, a irmã caçula, foi sua "daminha de honra".

Para comemorar o evento fizeram uma grande reunião familiar na casa dos pais da noiva, festa que atravessou madrugada adentro.

Não houve viagem de Lua de Mel pois a situação financeira não propiciava tal luxo.

Após o casamento foram direto para casa que haviam alugado, um cômodo e cozinha entre a casinha dos pais de Virgílio e a casa da proprietária Maria do Céu, as três casas no mesmo quintal.

Quando chegaram os noivos se separaram; enquanto Virgílio foi para o quarto fazer sua toalete a noiva foi se preparar para a noite de núpcias na casa de sua tia Céu, visto que o banheiro da casa da frente era bem mais espaçoso o que lhe facilitava despir-se do volumoso vestido de noiva e vestir-se com a tão sonhada "camisola do dia" confeccionada em cetim branco e trabalhada em delicada renda.

Quando chegou ao quarto encontrou o noivo dormindo, o cansaço, a bebida e as recomendações da sogra que lhe apontava o dedo o proibindo de tocar na filha dada as condições físicas desfavoráveis da noiva fez com que o mesmo, desanimado, caísse num sono profundo.

Aydinha ajeitou-se ao seu lado sem muitas expectativas dividindo, pela primeira vez, o seu leito com o marido e acabou adormecendo.

Acordou enevoada, abriu os olhos e se viu entre as nuvens, não sabia se estava sonhando até perceber do que de fato se tratava, a fumaça branca que tomava o quarto havia sido provocada pelo cigarro aceso que Virgílio, embriagado, deixou cair sem querer sobre o colchão.

Ambos ficaram assustados mas não houve pânico, apagaram rapidamente o fogo controlando a situação.

Aliviados por terem saído ilesos coube-lhes, posteriormente, fazer os reparos causado por tamanho descuido. 

O remendo do pequeno rombo ficou como lembrança por longos anos até se desfazerem do colchão.

Esta história nos foi contada e recontada inúmeras vezes e até hoje é lembrada com carinho como o primeiro grande evento na tão sonhada noite de núpcias dos meus pais.

Fotos do casamento :









......continua......