quinta-feira, 29 de agosto de 2024

"Yes I can !!!"

Dizem que Agosto é mês do Desgosto, dizem também que Agosto é mês do Cachorro Louco, outros dizem que chega o Natal e Não Termina Agosto, dizem e por aí vai....pobre mês de Agosto !

Pois é ! Está acabando o mês de Agosto e admito que não foi um mês nada fácil pra muita gente, quanto a mim houve um acontecimento que me abalou profundamente mas é algo de ordem pessoal e não me vejo preparada para escrever a respeito mas, por outro lado, outras coisas legais também me aconteceram e, essas sim, desejo muito falar sobre elas...

Foram conquistas pessoais advindas do meu esforço físico, mental e emocional.

Uma delas foi ter finalizado o décimo segundo livro do ano de 2024. Pode parecer uma bobagem mas havia me proposto a ler um livro por mês até fechar o ano e, pasmem, consegui este feito agora em pleno mês de Agosto, ou seja, com certeza superarei a minha meta.

Outro fato que aumentou muito minha autoestima se deu ontem na piscina. Já estava combinado desde a semana passada que faríamos o desafio do nado crawl, trinta minutos seguidos, sem interrupções e, para minha alegria, realizei o desafio com sucesso, foram trinta e cinco chegadas de nado livre ininterruptos totalizando mil cento e vinte metros, uauuuu ! que sensação maravilhosa !!!!

Agora podem falar que sou "metida" até debaixo d'água, sim, eu sou e, nada vai anular minha satisfação em ter feito algo tão surpreendente, algo que nunca imaginei que um dia seria capaz, um ritmo uma meta que julguei irrealizável e que agora me sinaliza com letras garrafais "YES I CAN !!!!"






35 chegadas em 30 minutos = 1.120 metros de nado livre (crawl) uhuuuuu !!!!!




 



segunda-feira, 26 de agosto de 2024

"Décimo Primeiro Livro do Ano de 2024"

Volume 2 - "A História do Novo Sobrenome"

Minhas impressões sobre o livro :

Esta é a segunda fase da história das duas Amigas, Lenu e Lila. O primeiro livro contou sobre a infância das duas meninas; como se conheceram a fase da pré-adolescência até o casamento de Lila aos dezesseis anos de idade. Neste segundo momento a narrativa gira em torno do destino que cada uma seguiu : a vida de casada de Lila e a vida focada nos estudos de Lenu.

Ambas as jovens e seu grupo de amigos e familiares vivem num bairro pobre em Nápoles e toda a trama gira em torno deles, das amizades ao envolvimento precedido de paixões e ideologias, características inerentes a juventude. 

O pano de fundo são os ideais políticos que permeiam os relacionamentos dos jovens em plena década de 60, alguns voltados ao conservadorismo outros em busca de liberdade e mudanças.

Em vários momentos as amigas ora se aproximam ora se afastam e os motivos desses conflitos estão relacionados a uma disputa invisível alimentada por uma admiração indiscutível que sentem uma pela outra.

Alguns temas abordados, ao meu parecer, foram muito relevantes, cito como exemplo o papel das mulheres na sociedade machista da época.

Confesso que fiquei chocada com a violência e o estupro que Lila sofreu do próprio marido em plena noite de núpcias mas o que me deixou ainda mais perplexa e revoltada foi o fato de todos e, principalmente de algumas mulheres, incluindo a própria mãe de Lila, afirmar que aquelas surras se faziam necessárias para corrigi-la, ou seja, a sociedade da época encarava a violência doméstica não como um abuso, mas como um corretivo, um direito concedido ao  marido de agredir sua esposa caso achasse necessário, eram as leis do matrimônio, ou seja, o que outrora poderia ser considerado como natural hoje encaramos algo inadmissível.

Bem ! É isso ! Realmente o livro se assemelha muito a uma série, a descrição da autora Elena Ferrante é tão precisa que passa mesmo um filme na cabeça.

Lembrando que ainda faltam mais dois livros para finalizar a Saga da "A Amiga Genial"

Então Até !




Volume 2

História Do Novo Sobrenome - Elena Ferrante



sábado, 10 de agosto de 2024

"O que não faz Sentido"

 Muito muito muito triste...um poço de tristeza, um nó na garganta, aquela vontade de chorar alto de poder gritar... o que é justo ou injusto nessa vida ? Por que exigir explicação ao que é inexplicável ?! Seria a vida tão cruel e carrasca ao ponto de não nos dar nenhuma chance ? Milhões de por quê(s) sem respostas perambulam na minha mente....haverá possibilidades se eu mentir que acredito que tenho fé ?! Cadê você que nunca mais apareceu aqui ?! Cadê você pra me fazer sentir idiota e patética ?! Cadê ?! Cadê você ?!

domingo, 4 de agosto de 2024

"A Vida da Gente em Quatro Volumes"

 Estou lendo um livro que conta a história de duas amigas, uma história de vida que compõe quatro volumes, pois bem, agora cedo, ainda no comecinho do segundo volume fiquei pensando no trecho em que me encontro e, muitas coisas me passaram pela cabeça, uma delas é que a vida da gente, tal qual a história das duas amigas, pode ser traduzida em quatro volumes.

Volume I - "A infância e Pré-Adolescência"

Volume II - "Juventude"

Volume III - "Tempo Intermédio"

Volume IV - "Maturidade e Velhice"

Fazendo uma relação com a minha vida, me encontro neste exato momento no volume quatro.

Olhando para trás posso resumir em poucas palavras o que foi de mim...

Minha infância e pré-adolescência foi boa, digo isso com a alegria de uma menina que teve pai, mãe, irmãos, avós, primos e amigos, embora os tempos tenham sido difíceis financeiramente, meus pais nunca nos deixou faltar nada, nunca nos envergonhamos por sermos pobres e nunca nos sentimos diminuídos em nenhuma situação.

Quanto a juventude já foi um pouco mais complicado passar por ela, eu, particularmente, sempre fui dotada de muitos medos e muitos complexos, me achava gorda e feia e tentava fazer amigos com o meu dom de desenhar, os assuntos eram tímidos, tinha vergonha de tudo inclusive de falar, sem contar que nesta fase as paixões eram intensas e quase sempre não correspondidas.

Já o tempo intermédio foi o mais pesado de todos, foi o tempo das exigências, cobranças de responsabilidades, foi o tempo das escolhas importantes, aquelas que traçam o nosso futuro, as pessoas chamam esta fase de "fase que plantamos", a gente não se dá conta da relevância desse momento estamos tão ocupados em fazer o que precisa, necessariamente, ser feito que, nos deixamos levar pelas circunstâncias e a gente só percebe que haveriam outros caminhos caso nos propuséssemos às mudanças quando já é tarde demais, pois é, foi tudo tão atropelado e afoito !

Atualmente vivo meu quarto volume, talvez na segunda fase da maturidade e prestes a pisar com o pé na velhice e esta sim, me assusta. Chamam esta fase de "fase da colheita", difícil separar os frutos maduros dos que apodreceram.  O que eu sei de mim é que agora, neste exato momento, eu sei o que quero, o que desejo, sei discernir melhor meus sentimentos, sei perfeitamente das minhas limitações, e sei também o que me impede de agir, isto tudo é um estado de consciência elevado que, na verdade, não sei se me ajuda ou me destrói. Talvez ambos. Me ajuda no sentido da lucidez em que me encontro e me destrói porque não vislumbro coisas boas para o meu breve futuro.

Por isso me dedico a leitura, os livros me contam histórias que, muitas vezes, me faz parar para refletir e assim fazer uma pequena analogia com a minha vivência, a de hoje, por exemplo, foi essa que resume a vida da gente em quatro volumes...

sexta-feira, 26 de julho de 2024

"Crime e Castigo" - Fiódor Dostoiévski

Décimo livro do ano de 2024 "Crime e Castigo" - Fiódor Dostoiévski

Minhas impressões sobre o livro :

Bem, há vários assuntos que gostaria de comentar, dizer apenas que o livro é surpreendentemente fantástico é muito vago então, tentarei me expressar melhor...

O que mais me impressionou, de um modo geral, foi a escrita, porque não é um simples narrar, "contar uma história", o autor usa a terceira pessoa para fazer a descrição dos personagens que vai muito além das suas características físicas, a abordagem psicológica de cada um nos envolve de maneira tal, que mergulhamos de cabeça na psique humana.

O enredo conta a história de Raskólhnikov, um jovem estudante, pobre e desesperado, que logo nos primeiros capítulos comete dois crimes. De acordo com sua teoria tal ato se justificaria, contudo mesmo convicto de ter extirpado da sociedade um ser tão abominável, começa dentro de si uma batalha para lidar com a culpa, no decorrer da história o jovem passa por vários estados de torpor, angústias, medos e questionamentos, é interessante ressaltar que em nenhum momento ele se arrepende do crime que cometeu, a sua dúvida fica por conta de se entregar ou não a justiça para cumprir o seu castigo.

Como já disse antes, o mais incrível deste livro é a abordagem psicológica que envolve o personagem, o autor consegue exprimir em palavras os pensamentos do jovem estudante, seus sentimentos e tudo o que justificaria seu comportamento consciente e inconscientemente.

Sem revelar muito, pra mim, o final do livro foi satisfatório, não houve falhas nem brechas, um final coerente com a história e com uma mensagem positiva e de esperança para o personagem principal.


Citação do livro :

...Toda a gente se arranja como pode e, de todos, aquele que melhor vive é o que melhor sabe iludir-se a si próprio...







sábado, 20 de julho de 2024

"Jazigo Eterno"

"Jazigo Eterno"

"Se" eu fosse enterrada num jazigo pediria para escrever na minha lápide :

 "Eu Sou Você Amanhã" 

Quer verdade mais verdadeira que esta ?!

 Verdadeira e Certeira !

Digo "se" porque já deixei claro que é de minha vontade ser cremada mas, como a lei nem sempre age de acordo com nossas vontades, vamos aguardar as circunstâncias para saber o que será de mim.. ainda mais que morto não opina.. assunto fúnebre não é mesmo ? Mas o que fazer se a morte faz parte da vida ?!

Que introdução funesta ! Tudo isso pra dizer que esta semana estivemos no cemitério para resolvermos o problema dos mortos e dos vivos.

Explicando a situação :

Temos um jazigo no cemitério Quarta Parada que foi adquirido pelo meu bisavô em meados do século passado, pois bem, a maioria dos cemitérios da cidade de São Paulo foram terceirizados por uma empresa denominada "Consolare", acontece que no começo do ano foi nos dado um prazo, relativamente curto, para fazer o recadastramento, caso contrário perderíamos a posse do mesmo. Bem, os herdeiros diretos do jazigo são seis pessoas ao todo, incluindo minha mãe, a mais velha de todos, e, apenas ela e sua prima estão a par da situação atual mas, o que aconteceu foi o seguinte; na hora "H" precisavam de um nome que se responsabilizasse pelo jazigo, desculpa dali, desculpa daqui sobrou pra quem ?! Para esta reles mortal que vos fala, sim, até aí tudo bem, dei o meu nome porque seria um elo de informação entre os herdeiros diretos, tão somente isso, mas qual ?!?! No começo do mês recebi uma linda cartinha da "Consolare", nela anexado um boleto, num valor nada razoável para o meu bolso, determinando que eu pagasse uma taxa anual de manutenção, que massada !!!! Esta semana estivemos lá novamente para resolver este impasse : se desfazer ou não do jazigo ?

Olha só como são as coisas....

Temos um Jazigo ? Não, não temos, o que temos é tão somente uma concessão, pois bem, se você quiser ter um jazigo, digo, uma concessão terá que desembolsar uma quantia razoável por ele, isso dependendo do tamanho do mesmo, o nosso, por exemplo, é composto de uma capela com oito urnas, quatro de cada lado mas duas foram soterradas com o tempo, nelas jaz meus bisavós, e lá permanecerão, os donos da campa, daí o nome de "jazigo perpétuo". Se não quisermos mais o jazigo temos que devolvê-lo a "Consolare" e todos que ali estão, seriam encaminhados ao ossário coletivo. A avaliação do jazigo varia de acordo com o tamanho do terreno e aos herdeiros caberia 30% apenas do valor da terra, ou seja, uma ninharia. Eis a questão : "Ficar ou não com o jazigo ?"

Situação legal do jazigo :

Das seis gavetas restantes, quatro estão ocupadas e duas abrigam caixas com os ossos dos corpos daqueles que foram exumados, portanto, Não há Vagas ! Nenhuma caixa se encontra identificada, o que dificulta requisitá-la caso se queira cremar os ossos de algum ente querido e dar-lhe um outro destino qualquer. Fora isso, ao requisitarmos a relação de todos os nomes e exumações desde a sua inauguração, descobrimos que as informações estão incompletas e desatualizadas e a culpa da incompetência, só pra variar um pouco,  recaída a administração anterior. Questionamos as caixas com os ossos  que estão sem identificações e a desculpa foi "se apagaram com o tempo", ou seja, não dá pra saber quem é quem dentro daquelas caixas.

Situação atual do jazigo :

É de cortar o coração. A capela foi invadida pelos bandidos e totalmente depredada, as janelinhas de ferro nas laterais ficaram tão somente os buracos, alguns vidros da porta foram quebrados na intenção de levá-la contudo, não o fizeram, todas as fotos e inscrições em bronze foram arrancadas, permaneceu o altar, dois vasos de louça e a imagem de um metro da santa, toda desbotada e carcomida pela ação do tempo e com uma das mãos quebradas. Triste.

O que fazer então ?!

Cogitamos a possibilidade de reformarmos o jazigo. Há duas empresas cadastradas para fazer o serviço e o orçamento que nos passaram condiz com o valor aproximado com os 30% que nos ofereceram caso abríssemos mão do jazigo. Ó dúvida cruel : Fazer ou não fazer a reforma da campa ?!

Minha modesta opinião :

Eu preservaria o jazigo. Tanto pela questão material (financeira) como pela questão sentimental, embora eu não tenha religião e nem pretensão nenhuma em ir parar numa daquelas gavetas, eu ficaria com ele em memória dos entes queridos que lá estão (mesmo sem identificação) deixemo-los lá e em paz.

O que precisaria ser feito então ?!

Desocupar as gavetas, há pessoas que não tem parentesco direto com a família e as que tem deveriam ser exumadas e cremados os ossos, assim liberaríamos espaço para aquela hora tão dolorosa de se precisar enterrar alguém.

Assunto desagradável que tem que ser resolvido !

Mas e você, o que faria ?!




  



segunda-feira, 8 de julho de 2024

"Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa"

 Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa...decifre, por favor !

É tudo tão certo na minha cabeça como uma conta exata de matemática, sem nenhuma outra possibilidade ou margem de erro, então por que as vezes me iludo ? Por que faço historinha besta na minha cabeça ? As coisas são como são e absolutamente nada irá mudar a menos que... (que o quê ?!)... a menos que eu me disponha a fazer diferente mas, se eu não desejo fazer diferente por que as historinhas bestas cismam em aparecer na minha cabeça ? Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Há duas forças dentro de mim que brigam entre si, é um querer com um não poder, sabe quando você ama tomar sorvete desde pequenininha e atualmente sente o desejo de tomar sorvete mas, na atual conjuntura você não pode mais tomar sorvete porque se você tomar sorvete a sua dor na garganta vai piorar muito e se, por acaso, você insistir na sua vontade em tomar sorvete pode até ficar sem voz, veja bem, não estou falando em ficar rouca ou afônica, falo de ficar sem voz mesmo, sem voz pra sempre, e pra sempre, neste caso, é eternamente, então o que você escolhe ? tomar ou não tomar o sorvete ? Fácil a resposta pra quem é são, não é mesmo ?! Pior que as vezes falta-me sanidade. Tento convencer a minha cabeça sobre a escolha mais sensata, mais prudente mas, ela não me ouve, eis o problema, a minha cabeça nem sempre pensa com o raciocínio lógico, ou seja, continuo fazendo historinha besta, mesmo sabendo que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa...resumindo, o que adianta gostar do sorvete se o sorvete não gosta de mim.

Bolas para o sorvete !