quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Diário 23/08/2018

Ops !!! Que dia é hoje ?!
Sexta ?!
Uauuu ! Acho que pulei um dia !
O que eu tenho feito ?!
Nada ! Aliás é o que mais faço ultimamente, e também não tenho ido a lugar algum.
Mas tenho me distraído sim.
Terminei de ler o livro A Trégua de Mário Benedetti.
A história foi escrita em forma de diário, veio dela a minha inspiração para escrever.
Conta a história de um homem prestes a se aposentar, meia idade, viúvo, três filhos e que se apaixona por uma mulher vinte e cinco anos mais nova que ele.
No dia a dia relata seus anseios e a dificuldade em se relacionar com os filhos e principalmente o medo de se entregar a esse amor.
Adivinha se não fiz uma relação com a vida real ?! Sim, porque essas coisas acontecem de verdade, não comigo, mas com alguém que povoa insistentemente meus pensamentos.
O final é surpreendente... o que se imagina acontecer  pode ser o contrário daquilo que se espera.
Uma parte do livro me tocou profundamente, algo que eu queria pra mim, uma conexão que gostaria que existisse na minha vida, acho que não vou conseguir explicar, talvez o trecho na íntegra me ajude a fazê-lo :


"Montevidéo, quinta, 5 de Setembro de 1958

Creio que nisto sentimos de modo igual. Temos uma imperiosa necessidade de nos dizer tudo. Eu falo com ela como se falasse comigo mesmo; na realidade, ainda melhor do que se falasse comigo mesmo. É como se Avellaneda participasse da minha alma, como se estivesse encolhida num cantinho da minha alma, esperando minha confidência, reclamando minha sinceridade. Ela, por sua vez, também me diz tudo. Em outro momento, sei que teria acrescentado aqui : "Pelo menos assim creio", mas agora não posso, simplesmente porque não estaria certo.
Agora sei que ela me diz tudo".





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