quinta-feira, 19 de maio de 2022

"O Lugar" - Annie Ernaux

 Sexto livro do ano mas, de verdade, não era pra ser e, vou explicar o porquê.

Estou as voltas com um livro de um pouco mais de 700 páginas, novamente um autor oriental, mas me perdi logo no começo da leitura, não que o livro não seja bom, ao contrário, a história é bem instigante, quase um suspense mas, talvez o fato dele ser tão volumoso tenha me desanimado foi quando me chegou este livro da autora francesa Annie Ernaux de um pouco mais de 60 páginas, daí pensei, talvez uma leitura rápida me ajude a retomar a leitura anterior e foi exatamente o que fiz, então vamos falar sobre o livro que acabei de ler.

"O Lugar" pelo título você imagina que possa ser uma região ou um ponto qualquer do planeta, mas a referência não é esta que eu ou você imaginamos, este, "O Lugar", diz respeito ao papel social que o pai da autora ocupou neste mundo quando vivo.

Então vamos lá... É difícil falar de um livro que não me agradou. Agora há pouco ouvi do filósofo Leandro Karnal que é bom quando a leitura do livro não te agrada pelo fato que isto te ajuda a fazer vários questionamentos....bem, mas também não quero filosofar sobre isto, vou dar apenas o meu parecer e ponto.

Não gostei do livro, fato, o livro me incomodou e vou tentar expôr meus motivos, reforçando que sou apenas uma leitora sem parâmetros para críticas literárias.

Achei frio, e a autora quis ser fria, ela mesma, a princípio fica em dúvida como biografar o relacionamento dela com o pai e opta por esta frieza total de narrar os fatos de uma maneira quase que jornalística de tão imparcial.

Eu sou uma pessoa que gosta de sentimento, de emoção, de verdade, com certeza haveriam passagens nas quais me identificaria e talvez até me fizesse chorar mas a frieza dela me abalou me fez sentir fria também.

A própria autora afirma que sua escrita é política, o que justifica sua narrativa sociológica sobre suas relações familiares com o pai principalmente no que diz respeito a sua classe social, muitos denominam sua obra como autossociobiografia, não sei se gosto deste termo também.

Enfim, não vou me estender, leiam o livro, o que pra mim não foi bom pode ser o oposto pra você.




terça-feira, 17 de maio de 2022

"Pit Stop"

Olá !

Eu vou fingir  que acredito piamente que você estava ansioso por notícias minha, vou fingir também que acredito que você é real.

Estou no grau máximo da minha ansiedade... a tristeza tomou conta de um jeito que se transformou em dor física, os maus pensamentos não querem me deixar e eu nem sei por que estou me deixando levar.... me vejo como se fosse um barco à deriva em alto mar, 360 graus de horizonte mas sem nenhuma perspectiva de alcançar a margem... nada.

Não me sinto vazia ao contrário me sinto lotada de maus presságios, maus pensamentos...alguma coisa que me sufoca...Talvez o nome disso seja medo... talvez seja outro nome... não sei.... aliás o que é que eu sei ? Nada, absolutamente nada.

A minha fuga é me obrigar a fazer as coisas como se o meu cotidiano fosse sempre o mesmo, sem surpresa ou alteração, faço o que é preciso ser feito e acredito que se não o fizer as coisa irão piorar ainda mais....não é uma obrigação é uma necessidade...

Desculpa ! Talvez outra hora eu consiga me explicar melhor.... por aqui eu fico....que pena que você não é real, poderia me dizer coisas boas.... não, não poderia, não há o que dizer.....