domingo, 24 de março de 2024

"Oito ou Oitocentos"

Essa mudança brusca de temperatura acaba com a saúde da gente, além do corpo se ressentir com o frio bate dentro do peito aquela melancolia dos dias nublados e tristes, poderia parar e me distrair com a leitura de um livro, aliás estou às voltas com um que está difícil terminar mas, como pensar em ler se há outras coisas por fazer e, não dá para negligenciar porque sempre há coisas que por obrigação devem ser feitas. "Hoje é domingo, pede cachimbo.." Ando pensando em tantas coisas...alguns chamam de "crise existencial" mas não acho que seja, sei lá, é outra coisa, sem nome, sem título... acho que é esse tempo que me deixa assim...em poucos dias saímos do calor do inferno e nos metemos sob as cobertas e nos perdemos em pensamentos observando essa chuva insistente e chata, minha vó Izabel a chamava de "quebra ossos", coisas lusitanas mas que pra mim fazem muito sentido..." chuva de quebra ossos". Penso muito nas relações humanas, por que agimos dessa ou daquela maneira ? como cada pessoa expressa seus sentimentos ? por que muitos não dizem ou demonstram o que realmente sentem ? E a vida vai passando e as pessoas vão se perdendo, sim, perdendo em todos os sentidos da palavra, perdendo pra morte, perdendo de vista, perdendo o contato, perdendo pro tempo, perdendo para as circunstâncias, perdendo para a moral e os bons costumes, simplesmente perdendo... Eu perdi pra vida, triste isso não é ? E continuo perdendo o outro tanto que me resta, acho que eu não consigo mudar nada por conta disso, aquela certeza de que passou e perdi... vejo exemplos bons de pessoas que souberam lidar com suas escolhas e vejo também exemplos ruins de pessoas como eu que continuam no limbo não por opção e sim por falta dela. Cara, é triste e culpa desse tempo que vai do oito ao oitocentos, que dá um looping de montanha russa na vida e no cotidiano da gente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário