*Ficha Caiu - Bom ! Pra quem não sabe o significado é quando conseguimos entender ou esclarecer algo que até então se passava despercebido, vem como se fosse uma luz na escuridão, tudo se ilumina, esclarece, faz sentido... e eis que...
A capacidade em se acomodar é característica inerente ao ser humano principalmente quando a rotina que se estabelece traduz uma "suposta paz" e conforto.
E foi assim durante quatorze anos morando naquele lugar que não era o "meu lugar" ou pelo menos não era ali que gostaria de estar, nem sei explicar ao certo por que, o que sei é que aceitei passivamente a situação porque simplesmente me acomodei.
Estávamos tão focados nos nossos objetivos que fomos nos envolvendo com as reformas até que nossa casa com muito custo finalmente ficasse pronta.
Posso dizer que do portão para dentro vivíamos uma realidade paralela, tínhamos conforto e tudo o que sonhamos para nossa família, mas ..... tem sempre o mas...do portão para fora continuava tudo igual, ao longo desses quatorze anos nada havia mudado, não para melhor.
Saía pela manhã de mala e cuia com as crianças e voltava à noite para cuidar dos afazeres domésticos, essa monotonia só era quebrada nas nossas férias em Solemar.
Eram dez dias contados nos dedos, dias maravilhosos de sol, chuva, brincadeiras, descanso e paz, felicidade com prazo para acabar, e o pior, acabava. Me apertava o coração me despedir daquele lugar mas não era só tristeza, uma insatisfação suplicava por mudanças...por isso aquela viagem de volta foi diferente, enquanto o carro se distanciava meu pensamento divagava em tudo que me aguardava fatidicamente igual mais uma vez.
O inconformismo se instalava ao mesmo tempo em que a paisagem se desenhava nua e crua à minha frente, enfim, de volta ao lar !
Enquanto abria as portas e janelas para entrar o ar me vi na sacada constatando que não era apenas a paisagem que me incomodava, era o conjunto da obra, o comportamento das pessoas não condizia com o meu comportamento, e não era questão de preconceito ou pré julgamento, simplesmente nada daquele contexto me pertencia ou se afinava comigo, de alguma forma eu tinha certeza que ali não era o meu lugar e que deveria sair o quanto antes... antes de me afundar, antes de sucumbir.
Decidida entrei em casa e anunciei : "Não quero mais morar aqui !".
Demorou... mas nesse dia a ficha caiu....
*continua
A capacidade em se acomodar é característica inerente ao ser humano principalmente quando a rotina que se estabelece traduz uma "suposta paz" e conforto.
E foi assim durante quatorze anos morando naquele lugar que não era o "meu lugar" ou pelo menos não era ali que gostaria de estar, nem sei explicar ao certo por que, o que sei é que aceitei passivamente a situação porque simplesmente me acomodei.
Estávamos tão focados nos nossos objetivos que fomos nos envolvendo com as reformas até que nossa casa com muito custo finalmente ficasse pronta.
Posso dizer que do portão para dentro vivíamos uma realidade paralela, tínhamos conforto e tudo o que sonhamos para nossa família, mas ..... tem sempre o mas...do portão para fora continuava tudo igual, ao longo desses quatorze anos nada havia mudado, não para melhor.
Saía pela manhã de mala e cuia com as crianças e voltava à noite para cuidar dos afazeres domésticos, essa monotonia só era quebrada nas nossas férias em Solemar.
Eram dez dias contados nos dedos, dias maravilhosos de sol, chuva, brincadeiras, descanso e paz, felicidade com prazo para acabar, e o pior, acabava. Me apertava o coração me despedir daquele lugar mas não era só tristeza, uma insatisfação suplicava por mudanças...por isso aquela viagem de volta foi diferente, enquanto o carro se distanciava meu pensamento divagava em tudo que me aguardava fatidicamente igual mais uma vez.
O inconformismo se instalava ao mesmo tempo em que a paisagem se desenhava nua e crua à minha frente, enfim, de volta ao lar !
Enquanto abria as portas e janelas para entrar o ar me vi na sacada constatando que não era apenas a paisagem que me incomodava, era o conjunto da obra, o comportamento das pessoas não condizia com o meu comportamento, e não era questão de preconceito ou pré julgamento, simplesmente nada daquele contexto me pertencia ou se afinava comigo, de alguma forma eu tinha certeza que ali não era o meu lugar e que deveria sair o quanto antes... antes de me afundar, antes de sucumbir.
Decidida entrei em casa e anunciei : "Não quero mais morar aqui !".
Demorou... mas nesse dia a ficha caiu....
*continua
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