Cara, são trinta e cinco anos de casados, minto, na realidade são quarenta anos sem nunca nos separarmos.
Aí você transforma esses quarenta anos em quatro décadas e o número "quatro" parece tão pouco.
Mas não é pouco, são quarenta anos juntos, sabe o que é isso ? Quarenta anos !!!
Vivemos tantas e tantas coisas, momentos bons, ruins e outros muito muito ruins. E quantas vezes eu mesma não pensei em chutar o pau da barraca e sumir, mas ele ao contrário, nunca desistiu de mim, sempre optou em ficar, cheguei até duvidar se aquele sentimento era de amor ou acomodação.
Acredito que se algum dia ele pensou em partir, essa vontade ficou apenas no pensamento, nunca verbalizou, por outro lado todas as DRs foram pleiteadas por mim, porque na minha cabeça era assim, se me sentisse incomodada tinha expor, falar, desabafar, o que chamo de aparar as arestas pra gente poder se acertar. Nossa ! E quantos acertos !!! Alguns cumpridos outros desfeitos, outros esquecidos, enfim, o importante era não deixar passar e nunca passou.
Aí o tempo e a convivência vai nos pregando peças e vamos nos esquecendo de nós próprios, a rotina e as preocupações com os filhos vão tomando conta com o que julgamos mais importante, aí meu amigo é que o caldo entorna, pois simplesmente nos anulamos, até que um dia a gente acorda e diz:
"Peraí ! O que estamos fazendo da nossa vida ?!"
E esse start demorou mas chegou, é como dizem : antes tarde do que nunca !
De uns tempos pra cá voltamos a conversar, muito mais do que antes e foi depois da minha queda.
Esse tempo de imobilidade e dependência me fez perceber que somos um pelo outro, e que não são nossos filhos, amigos ou parentes que virão nos socorrer nos momentos difíceis, até o fariam por amizade, compaixão e solidariedade, mas estou falando de um sentimento mais profundo, estou falando de resiliência palavra tão moderna e amor, palavra tão antiga.
Não foi pouca coisa que ele fez por mim durante esses quatro meses de dependência, foi muita coisa e que ainda hoje continua a fazer sem pedir absolutamente nada em troca. Vivenciar a sua dedicação me fez parar e pensar em como fui egoísta querendo apenas o meu bem estar.
A vida é troca, por isso aprendi na marra a retribuir e agradecer, mas não é um "muito obrigada" da boca pra fora, dentro de mim invadiu um sentimento de gratidão que superou qualquer mágoa ou ressentimento. Hoje :
Sou extremamente grata.
Estou em paz.
Desejando muito ser feliz.
Aí você transforma esses quarenta anos em quatro décadas e o número "quatro" parece tão pouco.
Mas não é pouco, são quarenta anos juntos, sabe o que é isso ? Quarenta anos !!!
Vivemos tantas e tantas coisas, momentos bons, ruins e outros muito muito ruins. E quantas vezes eu mesma não pensei em chutar o pau da barraca e sumir, mas ele ao contrário, nunca desistiu de mim, sempre optou em ficar, cheguei até duvidar se aquele sentimento era de amor ou acomodação.
Acredito que se algum dia ele pensou em partir, essa vontade ficou apenas no pensamento, nunca verbalizou, por outro lado todas as DRs foram pleiteadas por mim, porque na minha cabeça era assim, se me sentisse incomodada tinha expor, falar, desabafar, o que chamo de aparar as arestas pra gente poder se acertar. Nossa ! E quantos acertos !!! Alguns cumpridos outros desfeitos, outros esquecidos, enfim, o importante era não deixar passar e nunca passou.
Aí o tempo e a convivência vai nos pregando peças e vamos nos esquecendo de nós próprios, a rotina e as preocupações com os filhos vão tomando conta com o que julgamos mais importante, aí meu amigo é que o caldo entorna, pois simplesmente nos anulamos, até que um dia a gente acorda e diz:
"Peraí ! O que estamos fazendo da nossa vida ?!"
E esse start demorou mas chegou, é como dizem : antes tarde do que nunca !
De uns tempos pra cá voltamos a conversar, muito mais do que antes e foi depois da minha queda.
Esse tempo de imobilidade e dependência me fez perceber que somos um pelo outro, e que não são nossos filhos, amigos ou parentes que virão nos socorrer nos momentos difíceis, até o fariam por amizade, compaixão e solidariedade, mas estou falando de um sentimento mais profundo, estou falando de resiliência palavra tão moderna e amor, palavra tão antiga.
Não foi pouca coisa que ele fez por mim durante esses quatro meses de dependência, foi muita coisa e que ainda hoje continua a fazer sem pedir absolutamente nada em troca. Vivenciar a sua dedicação me fez parar e pensar em como fui egoísta querendo apenas o meu bem estar.
A vida é troca, por isso aprendi na marra a retribuir e agradecer, mas não é um "muito obrigada" da boca pra fora, dentro de mim invadiu um sentimento de gratidão que superou qualquer mágoa ou ressentimento. Hoje :
Sou extremamente grata.
Estou em paz.
Desejando muito ser feliz.
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