sexta-feira, 19 de julho de 2019

"O que a gente sente"

Durante muitos anos da minha vida acreditei que "ser triste" fazia parte da minha personalidade, sim, porque não era um sentimento momentâneo originado por algum fator externo, ao contrário, a minha realidade não era para tanto e mesmo assim vivia muito triste, e nada absolutamente nada justificava essa minha tristeza que se estendia minando minhas relações.
Há males reais e os imaginários e entre ambos com toda certeza do mundo o mais difícil de curar são  aqueles que a gente inventa dentro da nossa cabeça doente, sim, é difícil diagnosticar, daí procuramos o remédio na farmácia ou numa esquina qualquer, nos entregamos ao vício para suprir essa falta esse vazio que persiste dentro da gente e tudo vira um ciclo nos tornando dependentes piorando a situação ao invés de resolvê-la.
Somos viciados. Acho que pela primeira vez estou generalizando, falando por mim e por todos, porque mesmo não querendo admitir fato é que usamos "muletas" para nos mantermos em pé, seja ela fantasiada do bem ou do mal.
Importante saber que tanto a tristeza real quanto a imaginária tem solução.
Quando descobri que meu mal era físico as idéias se clarearam e pude ver uma luz no fim do túnel e por incrível que pareça a medicação na dose certa me abriu o caminho para sentir e viver a vida sobre um outro aspecto, com o olhar mais otimista, Eureca !!! estava curada da tristeza ?! Por um lado sim, as minhas reações passaram a ser mais positivas, percebi que ninguém é feliz o tempo todo, e que o grande lance era saber lidar com as frustrações traduzida em "infelicidade" momentânea o que já era por si só um bom começo. Não nasci pra ser infeliz e deveria ter descoberto isso há muito mais tempo.
Não é normal muito menos natural "ser triste".
A tristeza existe, mas ela deve ser breve e passageira, se estiver fazendo parte da sua personalidade está errado, procure a razão, as vezes pode ser fácil diagnosticar, a minha por exemplo tem nome : "Hipotireoidismo de Hashimoto" (chique né ?!)

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