Qual fumante não pensou em algum dia parar de fumar ? Acho que muito poucos. A maioria das pessoas tem consciência dos seus malefícios, e tem sim vontade de parar, mas resistir ao vício não é uma tarefa fácil.
Aprendi a fumar com quinze anos de idade, essa escolha foi minha,poderia ter parado nos primeiros sintomas de mal estar, contudo me deixei seduzir pelo cigarro, achava bonito fumar, acreditava também que fumando iria emagrecer, e ficar magra não era um simples desejo, já tinha virado obsessão.
O exagero de fumar um maço por dia, veio justamente quando os meus pais descobriram, e também no momento em que passei a sustentar o meu vício.
Gostava de fumar, puxar a primeira tragada, deixar a fumaça invadir o meu corpo,entrar nos meus pulmões, segurar um pouquinho e só depois soltá-la pela boca, muito lentamente, prazerosamente bem devagarinho... ver a fumaça se dissipando no ar, formando desenhos em curvas....
Você é fumante ou ex-fumante? Sentiu vontade de fumar? eu também...
Houve algumas tentativas de parar, principalmente aquelas de final de ano, me juntava ao grupo, fazíamos um pacto, não fumaríamos mais, e um daria a força necessária para o outro. Devo admitir que todo fumante tem suas artimanhas, e eu não fugia a regra, me determinava por um tempo, mas logo na primeira dificuldade fraquejava, tendo sempre a tal da recaída. Começava tudo de novo, quando a gente retorna, parece que o vício se acentua, vai ficando cada vez mais difícil nos livrarmos dele.
Até que deixei de me importar, não fazia mais pactos inúteis e fumava quando tinha vontade, era viciada em nicotina e assumida.
Quando engravidei do meu primeiro filho, o médico do pré-natal me alertou que seria prejudicial para a criança devido as possíveis complicações para a saúde do meu bebê.
Qual mãe colocaria em risco a saúde do seu filho? Era imprescindível que parasse de fumar.
Claro que tentei, mas o meu estado emocional não colaborou nenhum pouco, estava sensível com a gravidez, tudo era novo, os sintomas, os enjoos, a ansiedade, aliado a isso o fato de meu marido ser também fumante e não abrir mão do cigarro.
Estava tão transtornada com a ausência da nicotina no meu organismo, que fui aconselhada pelo próprio médico a não parar, apenas diminuir.
Era exatamente o que queria ouvir.
Fumei antes, durante e depois do nascimento do meu filho Renato.
A consciência pesou muito, mas o maldito vício foi maior que tudo.
Fumava incansavelmente, até que o cigarro começou a me incomodar, quando chegava a noite, um pouco antes de dormir, me sentia enjoada, olhava para os dedos que seguravam o cigarro e os via defeituosos e amarelados, sentia como se a nicotina estivesse entupindo minhas veias.
Mas no dia seguinte tudo se repetia. Todos os rituais que inconscientemente associamos ao vício.
Até que certa noite, assistindo ao programa "Comando da Madrugada", o repórter Goulart de Andrade, exibiu uma matéria sobre dependência química, e a luta de algumas pessoas para se livrarem do vício, eram pacientes internados, que lutavam para se restabelecerem e voltarem "limpos" para suas vidas.
Aquela reportagem mexeu comigo, não parava de pensar, particularmente em um dos depoimentos.
O rapaz dizia que fora viciado em cocaína, que havia algum tempo não fazia uso da substância, e que fizera uma escolha,mesmo sabendo que jamais se livraria da dependência. Ele escolheu não fazer uso da droga.
Eureca!!!!! era isso!!!! uma "Escolha"!!!!
Fiz as primeiras associações, se ele deixou a cocaína, qual a dificuldade em deixar a nicotina?
Não podia ter ódio do cigarro, afinal fumar sempre foi bom,também não podia exigir que ninguém parasse de fumar só porque estava ao meu lado.
Era uma escolha a "minha escolha".
Acordei muito determinada, não jogaria o maço no lixo, não dessa vez. O cigarro não era meu inimigo, e não iria repetir o velho gesto do"pacto do réveillon" que nunca deu certo.
O maço estaria próximo e o cigarro sobre a mesa.
.....Continua....
Aprendi a fumar com quinze anos de idade, essa escolha foi minha,poderia ter parado nos primeiros sintomas de mal estar, contudo me deixei seduzir pelo cigarro, achava bonito fumar, acreditava também que fumando iria emagrecer, e ficar magra não era um simples desejo, já tinha virado obsessão.
O exagero de fumar um maço por dia, veio justamente quando os meus pais descobriram, e também no momento em que passei a sustentar o meu vício.
Gostava de fumar, puxar a primeira tragada, deixar a fumaça invadir o meu corpo,entrar nos meus pulmões, segurar um pouquinho e só depois soltá-la pela boca, muito lentamente, prazerosamente bem devagarinho... ver a fumaça se dissipando no ar, formando desenhos em curvas....
Você é fumante ou ex-fumante? Sentiu vontade de fumar? eu também...
Houve algumas tentativas de parar, principalmente aquelas de final de ano, me juntava ao grupo, fazíamos um pacto, não fumaríamos mais, e um daria a força necessária para o outro. Devo admitir que todo fumante tem suas artimanhas, e eu não fugia a regra, me determinava por um tempo, mas logo na primeira dificuldade fraquejava, tendo sempre a tal da recaída. Começava tudo de novo, quando a gente retorna, parece que o vício se acentua, vai ficando cada vez mais difícil nos livrarmos dele.
Até que deixei de me importar, não fazia mais pactos inúteis e fumava quando tinha vontade, era viciada em nicotina e assumida.
Quando engravidei do meu primeiro filho, o médico do pré-natal me alertou que seria prejudicial para a criança devido as possíveis complicações para a saúde do meu bebê.
Qual mãe colocaria em risco a saúde do seu filho? Era imprescindível que parasse de fumar.
Claro que tentei, mas o meu estado emocional não colaborou nenhum pouco, estava sensível com a gravidez, tudo era novo, os sintomas, os enjoos, a ansiedade, aliado a isso o fato de meu marido ser também fumante e não abrir mão do cigarro.
Estava tão transtornada com a ausência da nicotina no meu organismo, que fui aconselhada pelo próprio médico a não parar, apenas diminuir.
Era exatamente o que queria ouvir.
Fumei antes, durante e depois do nascimento do meu filho Renato.
A consciência pesou muito, mas o maldito vício foi maior que tudo.
Fumava incansavelmente, até que o cigarro começou a me incomodar, quando chegava a noite, um pouco antes de dormir, me sentia enjoada, olhava para os dedos que seguravam o cigarro e os via defeituosos e amarelados, sentia como se a nicotina estivesse entupindo minhas veias.
Mas no dia seguinte tudo se repetia. Todos os rituais que inconscientemente associamos ao vício.
Até que certa noite, assistindo ao programa "Comando da Madrugada", o repórter Goulart de Andrade, exibiu uma matéria sobre dependência química, e a luta de algumas pessoas para se livrarem do vício, eram pacientes internados, que lutavam para se restabelecerem e voltarem "limpos" para suas vidas.
Aquela reportagem mexeu comigo, não parava de pensar, particularmente em um dos depoimentos.
O rapaz dizia que fora viciado em cocaína, que havia algum tempo não fazia uso da substância, e que fizera uma escolha,mesmo sabendo que jamais se livraria da dependência. Ele escolheu não fazer uso da droga.
Eureca!!!!! era isso!!!! uma "Escolha"!!!!
Fiz as primeiras associações, se ele deixou a cocaína, qual a dificuldade em deixar a nicotina?
Não podia ter ódio do cigarro, afinal fumar sempre foi bom,também não podia exigir que ninguém parasse de fumar só porque estava ao meu lado.
Era uma escolha a "minha escolha".
Acordei muito determinada, não jogaria o maço no lixo, não dessa vez. O cigarro não era meu inimigo, e não iria repetir o velho gesto do"pacto do réveillon" que nunca deu certo.
O maço estaria próximo e o cigarro sobre a mesa.
.....Continua....
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