Tem gente que acha chique andar de avião, eu particularmente acho deveras perigoso, mas entre fazer aquela viagem de ônibus que duraria no mínimo doze horas e outra de avião que não passariam de três, fiquei mesmo com a segunda opção.
Era a minha primeira experiência, mas não me vi ansiosa, estava determinada a embarcar, mesmo porque a situação era de urgência, eu e minha mãe precisávamos vê-la antes que fosse tarde.
Não entendo até hoje o que a motivou sair de São Paulo e parar num lugar daqueles, e olha que no momento, morando em Dourados MS, não se via de todo mal, pois já havia passado por lugares bem piores, acompanhando os devaneios do marido matuto, um autêntico "homem da roça".
Desembarcamos no aeroporto de Dourados, fomos recebidos pelo tio Clóvis, que nos ajudou com as malas, perguntamos por ela, disse que estava no carro a nossa espera.
Sua aparência dava dó, jamais poderia estar ali, ainda mais na situação que se encontrava.
Minha tia Elza era irmã de minha mãe, dez anos mais nova que ela e somente dez anos mais velha que eu.
Seu estado era gravíssimo, e mesmo com todos os sintomas e desconforto de uma doença terminal como o câncer, nos proporcionou uma boa estadia com muitas conversas e particularmente com uma noite pra lá de especial, uma noite que vai ficar pra sempre na minha memória, pois é assim que quero lembrar da minha tia, uma mulher destemida, guerreira, que mesmo numa situação tão adversa e tenebrosa, nos transmitia tanta energia positiva, mesmo sabendo que aqueles seriam seus últimos dias, pra mim uma lição de vida, tamanha lucidez.
Havíamos feito umas pizzas e tomávamos vinho, ela, coitadinha, mal digeria a pizza e com muita dificuldade bebericava uns goles do vinho, e a conversa corria solta, foi quando ela começou sua narrativa contando uma passagem de sua adolescência.
Ouvíamos a história descontraidamente, quando percebi que aquele momento tinha que ser registrado, liguei a câmera e sem que soubessem comecei a filmar...
Lembrando agora de como tudo sucedeu, me bate uma alegria em relembrar que houve de fato esse momento especial e ao mesmo tempo a tristeza em saber que nunca mais a verei.
Ficaram as lembranças a saudade e o vídeo.
Não vou tentar contar a história da tia Elza adolescente com o vô Maçorano porque não saberia e também porque não teria a menor graça.
Queria mesmo era postar o vídeo, mas advinha ? Assim como o avião ele está na "nuvem".
Não me perguntem o que é nuvem no computador ou como o vídeo foi parar lá, não sei ao menos como tirá-lo da tal nuvem, com toda certeza vou precisar de ajuda, mas não desisto, breve vocês saberão dessa história contada com a graciosidade da saudosa tia Elza.
Só aguardar, tá ?!
Era a minha primeira experiência, mas não me vi ansiosa, estava determinada a embarcar, mesmo porque a situação era de urgência, eu e minha mãe precisávamos vê-la antes que fosse tarde.
Não entendo até hoje o que a motivou sair de São Paulo e parar num lugar daqueles, e olha que no momento, morando em Dourados MS, não se via de todo mal, pois já havia passado por lugares bem piores, acompanhando os devaneios do marido matuto, um autêntico "homem da roça".
Desembarcamos no aeroporto de Dourados, fomos recebidos pelo tio Clóvis, que nos ajudou com as malas, perguntamos por ela, disse que estava no carro a nossa espera.
Sua aparência dava dó, jamais poderia estar ali, ainda mais na situação que se encontrava.
Minha tia Elza era irmã de minha mãe, dez anos mais nova que ela e somente dez anos mais velha que eu.
Seu estado era gravíssimo, e mesmo com todos os sintomas e desconforto de uma doença terminal como o câncer, nos proporcionou uma boa estadia com muitas conversas e particularmente com uma noite pra lá de especial, uma noite que vai ficar pra sempre na minha memória, pois é assim que quero lembrar da minha tia, uma mulher destemida, guerreira, que mesmo numa situação tão adversa e tenebrosa, nos transmitia tanta energia positiva, mesmo sabendo que aqueles seriam seus últimos dias, pra mim uma lição de vida, tamanha lucidez.
Havíamos feito umas pizzas e tomávamos vinho, ela, coitadinha, mal digeria a pizza e com muita dificuldade bebericava uns goles do vinho, e a conversa corria solta, foi quando ela começou sua narrativa contando uma passagem de sua adolescência.
Ouvíamos a história descontraidamente, quando percebi que aquele momento tinha que ser registrado, liguei a câmera e sem que soubessem comecei a filmar...
Lembrando agora de como tudo sucedeu, me bate uma alegria em relembrar que houve de fato esse momento especial e ao mesmo tempo a tristeza em saber que nunca mais a verei.
Ficaram as lembranças a saudade e o vídeo.
Não vou tentar contar a história da tia Elza adolescente com o vô Maçorano porque não saberia e também porque não teria a menor graça.
Queria mesmo era postar o vídeo, mas advinha ? Assim como o avião ele está na "nuvem".
Não me perguntem o que é nuvem no computador ou como o vídeo foi parar lá, não sei ao menos como tirá-lo da tal nuvem, com toda certeza vou precisar de ajuda, mas não desisto, breve vocês saberão dessa história contada com a graciosidade da saudosa tia Elza.
Só aguardar, tá ?!
muito bom!
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