Bom dia Theo !
Aqui estou como o prometido, disse-lhe que esperaria o momento certo onde não me deixasse levar pela euforia momentânea muito menos pelo desanimo depressivo, também não posso te afirmar que estou no meio termo, mesmo porque não existe um medidor que me diga : "você está no ponto, vá e escreva". Estou apenas usando a minha intuição aliada a vontade enorme de lhe dizer sobre as coisas pelas quais passei, e foram muitas mudanças, interiores e exteriores, é claro que os fatos são mais fáceis e mais simples de serem narrados, já o que se passou comigo aqui dentro relacionados aos meus sentimentos, estes sim, são mais difíceis de dizer, de me abrir totalmente e falar, e foram tantas coisas sabe ? que nem sei se vou conseguir dizê-lo de uma única vez, portanto dividi esta carta em duas partes para não me estender demais e acabar te aborrecendo.
Por onde começo ?
Bem, primeiro precisaria saber onde paramos, as vezes sou repetitiva e odeio ser, então vejamos... não vou fazer uma ordem cronológica não, por isso vou comentar contigo os fatos mais recentes, estes com certeza ainda não sabes.
Em setembro vou para Portugal ou pelo menos espero ir se tudo der certo, sempre ando com caraminholas na cabeça achando que algo pode dar errado, é o meu lado pessimista sabe ? aquele que me julga não merecedora das coisas boas.
Vamos eu e minha mãe, excluí meu marido, e a exclusão se deu de uma forma não muito legal.
Estávamos em Águas de Lindóia conversando com os compadres e fazendo planos de nos encontrarmos no Porto, foi quando ele percebeu que estava fora dos meus planos, ele se sentiu ofendido e magoado e naquele momento não quis estender o assunto para não piorar a situação, deixei para conversarmos em casa num momento mais propício.
Não sei se fui convincente na minha explicação mas querendo ou não já tomei a minha decisão.
Minha prioridade é levar minha mãe que acabou de fazer oitenta anos para conhecer as terras de onde seus pais nasceram na região norte de Portugal, Trás-os-Montes e Alto Douro.
Me comprometi e quero muito poder realizar este sonho, afinal qual outra oportunidade teríamos ?
Sei também que não será fácil porque ambas temos nossas limitações de locomoção mas juntas vamos nos virar da melhor forma possível.
Nosso relacionamento é bom, as vezes perco um pouco a paciência pelo fato dela não ouvir direito, aí acabo falando alto demais parecendo que estou alterada, e o pior é que muitas vezes estou de fato sem paciência alguma, mas sabemos contornar.
Pensa Theo se não estou certa em ter excluído meu marido, ele tem lá os seus vícios e não abre mão de nenhum deles, temos os pets cuja preocupação chega a ser exagerada, e outros fatores que pesam na mesma medida, o que quero dizer é que ele não se empolga nem se envolve com as novidades, tudo ele já sabe, já viu, não faz diferença, é caro demais e por aí vai, não há alegria entende ?
Sinto em dizer mas a verdade é que não quero carregar este peso e tanta responsabilidade, seria uma viagem infernal, caso tivesse que ficar entre os cuidados de minha mãe e meu marido, como diz o provérbio "entre a cruz e a caldeirinha" e decididamente Não, não dá, preciso preservar minha saúde física e minha sanidade, quero uma viagem leve, alegre e feliz, ir para onde quiser e gastar no que tenho vontade.
Isto está resolvido.
Bom decidir e resolver sem peso na consciência não é Theo?
Há outra coisa que também resolvi.
Farei outra cirurgia para tirar a placa e os nove pinos da perna.
Conversei longamente com o médico e expliquei-lhe minha situação, senti que não é da vontade dele fazer a cirurgia, tentou me convencer do contrário, que o corte vai ser grande que anestesia é geral e blá blá blí blá blá blá... foi quando lhe perguntei :
"Qual a chance de ficar pior que estou ?"
Resposta :"Nenhuma".
Então pensei, ponderei e decidi arriscar.
Em julho completará dois anos da minha queda, e de verdade, não consigo fazer as coisas como antes fazia, sinto dores e o "créque créque" na perna me limita, acredito que seja a placa, e vou acreditar mais ainda que sem ela tudo pode melhorar consideravelmente.
Estou fazendo os exames e quando retornar ao médico com os resultados vamos marcar esta cirurgia.
Até setembro preciso estar recuperada.
Vou estar.
Nossa Theo, estou vendo que a carta está enorme e ainda tenho tanto pra contar !
Vamos continuar amanhã, pode ser ?!
Então Theo, até breve !
Aqui estou como o prometido, disse-lhe que esperaria o momento certo onde não me deixasse levar pela euforia momentânea muito menos pelo desanimo depressivo, também não posso te afirmar que estou no meio termo, mesmo porque não existe um medidor que me diga : "você está no ponto, vá e escreva". Estou apenas usando a minha intuição aliada a vontade enorme de lhe dizer sobre as coisas pelas quais passei, e foram muitas mudanças, interiores e exteriores, é claro que os fatos são mais fáceis e mais simples de serem narrados, já o que se passou comigo aqui dentro relacionados aos meus sentimentos, estes sim, são mais difíceis de dizer, de me abrir totalmente e falar, e foram tantas coisas sabe ? que nem sei se vou conseguir dizê-lo de uma única vez, portanto dividi esta carta em duas partes para não me estender demais e acabar te aborrecendo.
Por onde começo ?
Bem, primeiro precisaria saber onde paramos, as vezes sou repetitiva e odeio ser, então vejamos... não vou fazer uma ordem cronológica não, por isso vou comentar contigo os fatos mais recentes, estes com certeza ainda não sabes.
Em setembro vou para Portugal ou pelo menos espero ir se tudo der certo, sempre ando com caraminholas na cabeça achando que algo pode dar errado, é o meu lado pessimista sabe ? aquele que me julga não merecedora das coisas boas.
Vamos eu e minha mãe, excluí meu marido, e a exclusão se deu de uma forma não muito legal.
Estávamos em Águas de Lindóia conversando com os compadres e fazendo planos de nos encontrarmos no Porto, foi quando ele percebeu que estava fora dos meus planos, ele se sentiu ofendido e magoado e naquele momento não quis estender o assunto para não piorar a situação, deixei para conversarmos em casa num momento mais propício.
Não sei se fui convincente na minha explicação mas querendo ou não já tomei a minha decisão.
Minha prioridade é levar minha mãe que acabou de fazer oitenta anos para conhecer as terras de onde seus pais nasceram na região norte de Portugal, Trás-os-Montes e Alto Douro.
Me comprometi e quero muito poder realizar este sonho, afinal qual outra oportunidade teríamos ?
Sei também que não será fácil porque ambas temos nossas limitações de locomoção mas juntas vamos nos virar da melhor forma possível.
Nosso relacionamento é bom, as vezes perco um pouco a paciência pelo fato dela não ouvir direito, aí acabo falando alto demais parecendo que estou alterada, e o pior é que muitas vezes estou de fato sem paciência alguma, mas sabemos contornar.
Pensa Theo se não estou certa em ter excluído meu marido, ele tem lá os seus vícios e não abre mão de nenhum deles, temos os pets cuja preocupação chega a ser exagerada, e outros fatores que pesam na mesma medida, o que quero dizer é que ele não se empolga nem se envolve com as novidades, tudo ele já sabe, já viu, não faz diferença, é caro demais e por aí vai, não há alegria entende ?
Sinto em dizer mas a verdade é que não quero carregar este peso e tanta responsabilidade, seria uma viagem infernal, caso tivesse que ficar entre os cuidados de minha mãe e meu marido, como diz o provérbio "entre a cruz e a caldeirinha" e decididamente Não, não dá, preciso preservar minha saúde física e minha sanidade, quero uma viagem leve, alegre e feliz, ir para onde quiser e gastar no que tenho vontade.
Isto está resolvido.
Bom decidir e resolver sem peso na consciência não é Theo?
Há outra coisa que também resolvi.
Farei outra cirurgia para tirar a placa e os nove pinos da perna.
Conversei longamente com o médico e expliquei-lhe minha situação, senti que não é da vontade dele fazer a cirurgia, tentou me convencer do contrário, que o corte vai ser grande que anestesia é geral e blá blá blí blá blá blá... foi quando lhe perguntei :
"Qual a chance de ficar pior que estou ?"
Resposta :"Nenhuma".
Então pensei, ponderei e decidi arriscar.
Em julho completará dois anos da minha queda, e de verdade, não consigo fazer as coisas como antes fazia, sinto dores e o "créque créque" na perna me limita, acredito que seja a placa, e vou acreditar mais ainda que sem ela tudo pode melhorar consideravelmente.
Estou fazendo os exames e quando retornar ao médico com os resultados vamos marcar esta cirurgia.
Até setembro preciso estar recuperada.
Vou estar.
Nossa Theo, estou vendo que a carta está enorme e ainda tenho tanto pra contar !
Vamos continuar amanhã, pode ser ?!
Então Theo, até breve !
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