sábado, 11 de julho de 2020

"C'est Fini"

Tem dias que estou baiana e tem dias que estou francesa.

Hoje acordei francesa, dessas que se empolam toda para ir á padaria comprar pão francês, que de francês não tem nada de tão abrasileirado que é, talvez croissant ou petit-four.

Fato que hoje acordei no salto, metida á besta mais do que tudo, como dizem por aqui "me achando".

Terminei mais um livro de crônicas do Fernando Sabino que escolhi pelo título : "A Falta que ela me faz", achando que encontraria uma crônica romântica, mas quem disse que Fernando Sabino é romântico ? Não, não é, em compensação ele é genial para se escrever crônicas, rio sozinha com o desfecho de algumas, quem vê e não entende pensa que sou louca, acho que pensam certo, mas a culpa é do Sabino.

Como estou à francesa transcreverei duas parábolas do último capítulo :

 "A  Aventura do Cotidiano"

O PAÍS inteiro pedindo democracia, e o governo procedendo como aquele sujeito a quem um menino pobre pediu esmola :
-Moço, me dá dinheiro pra comprar um pão.
Ao que ele respondeu, condescendente :
-Não come pão não, menino; que senão você não janta.


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Era uma reunião de técnicos em administração pública. O diretor de departamento os havia convocado para ouvir a palestra de um colega que havia feito curso nos Estados Unidos e iria relatar a sua experiência :
_Ele fará uma explanação do que teve oportunidade de observar e aprender - informou, ao apresentá-lo : - Quando terminar, passaremos à outra sala, onde serão servidos refrigerantes e um sorvete. Quem quiser fazer alguma pergunta, não se acanhe, pode fazer.
Um dos técnicos presentes fez logo um sinal e, ante a aquiescência do diretor, perguntou :
-Sorvete de quê ?


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Desculpa, mas narrei os dois causos mais curtinhos, há outros muito bem contados só lendo pra saber.

Saio à francesa.... Au revoir !

C'est Fini


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