Não me julgo inteligente mas também não sou a mais burra das criaturas. Tenho o entendimento e o discernimento do que ouço e do que leio mas transpor em palavras já são outros quinhentos, tenho minhas dificuldades e minhas limitações. É o tal negócio, sei o que quero dizer mas não sei me expressar, por isso vou usar um pouco da minha lógica ou intuição para me fazer entender.
Terminei de ler o livro S. Bernardo de Graciliano Ramos, como todos sabem um clássico do modernismo, o que eu não sabia, graças a minha santa ignorância era que se tratava de uma fazenda, pensei sinceramente que fosse um cachorro, grotesca e errônea comparação.
Estudei Graciliano Ramos na época de Escola, nos pré-vestibulares da vida, saberia relacionar "Vidas Secas" e "S.Bernardo" como livros de sua autoria, lembro inclusive de ter lido "Vidas Secas" mas também não me lembro propriamente da história mesmo sabendo sobre qual assunto se refere mas, S. Bernardo pra mim foi uma surpresa.
Me identifiquei logo de cara, não com a história mas, em como ela foi descrita, e é aí que reside minha dificuldade em me explicar...
Graciliano é o autor e eu acredito que todo autor tem uma maneira própria de escrever que muitos chamam de estilo literário mas, no caso de S. Bernardo, quem escreve a história é o narrador-personagem Paulo Honório, um homem rude, do campo, sem aptidões literárias e que convoca alguns de seus amigos para ajudá-lo a escrever sobre a Fazenda e seus Personagens, contudo ele finaliza esta tarefa sozinho, cumprindo o que lhe resta.
Onde entro nesta história ?!
É o jeito como escreve, de verdade me identifiquei, não tem muito romantismo e nem muito lero lero, tudo o que conta é do jeito que é sem muitos pormenores, enxuga o assunto se faz entender e pronto, tem um momento que ele próprio faz tal reparo, quando diz que as circunstâncias do afrontamento foram bem piores do que as palavras que a descreveram, acho que também sou rústica e inexperiente para escrever tal como o narrador-personagem, todo texto que escrevo é bem maior do que se apresenta quando o publico porque também vou enxugando o que digo, coisas que não fariam a menor diferença, cuja função se resumiria em encher linguiças, tal como faço-o agora.
Este é um ponto mas há outros.
A nossa cabeça rege a nossa vida, se fabricamos fantasmas eles vão nos atormentar e tornar nossa vivência um inferno, o resultado pode ser muito desastroso e o fim trágico, foi o que aconteceu com Paulo Honório e tantos outros Paulos que circulam por aí.
Fiquei pensando... por que os homens tem que se encher de brios e as mulheres serem exemplos de decência ?! por que não o contrário ?! os homens não deveriam ser mais decentes, principalmente no trato com as mulheres ?!
Ouvi a minha vida inteira que a honra e a palavra de um homem é sagrada, de fato é, desde que o homem neste caso abrangesse todo e qualquer ser humano, seja ele homem, mulher ou outro gênero que se faça entender.
E o que aconteceu no romance acontece ainda hoje na vida de muitas mulheres, esse fantasma que povoa a cabeça de um homem quando ele se julga traído.
Não devemos fabricar fantasmas, devemos sim procurar ser feliz mas, se os fantasmas persistem procure ajuda enquanto há tempo.
Bem, é isso, outra hora me explico melhor, hoje não fui nem um pouco Paulo Honório, enchi linguiça por demais.
Deixo aqui registrado a leitura de mais um livro, acho que estou me saindo bem este ano.
Terminei de ler o livro S. Bernardo de Graciliano Ramos, como todos sabem um clássico do modernismo, o que eu não sabia, graças a minha santa ignorância era que se tratava de uma fazenda, pensei sinceramente que fosse um cachorro, grotesca e errônea comparação.
Estudei Graciliano Ramos na época de Escola, nos pré-vestibulares da vida, saberia relacionar "Vidas Secas" e "S.Bernardo" como livros de sua autoria, lembro inclusive de ter lido "Vidas Secas" mas também não me lembro propriamente da história mesmo sabendo sobre qual assunto se refere mas, S. Bernardo pra mim foi uma surpresa.
Me identifiquei logo de cara, não com a história mas, em como ela foi descrita, e é aí que reside minha dificuldade em me explicar...
Graciliano é o autor e eu acredito que todo autor tem uma maneira própria de escrever que muitos chamam de estilo literário mas, no caso de S. Bernardo, quem escreve a história é o narrador-personagem Paulo Honório, um homem rude, do campo, sem aptidões literárias e que convoca alguns de seus amigos para ajudá-lo a escrever sobre a Fazenda e seus Personagens, contudo ele finaliza esta tarefa sozinho, cumprindo o que lhe resta.
Onde entro nesta história ?!
É o jeito como escreve, de verdade me identifiquei, não tem muito romantismo e nem muito lero lero, tudo o que conta é do jeito que é sem muitos pormenores, enxuga o assunto se faz entender e pronto, tem um momento que ele próprio faz tal reparo, quando diz que as circunstâncias do afrontamento foram bem piores do que as palavras que a descreveram, acho que também sou rústica e inexperiente para escrever tal como o narrador-personagem, todo texto que escrevo é bem maior do que se apresenta quando o publico porque também vou enxugando o que digo, coisas que não fariam a menor diferença, cuja função se resumiria em encher linguiças, tal como faço-o agora.
Este é um ponto mas há outros.
A nossa cabeça rege a nossa vida, se fabricamos fantasmas eles vão nos atormentar e tornar nossa vivência um inferno, o resultado pode ser muito desastroso e o fim trágico, foi o que aconteceu com Paulo Honório e tantos outros Paulos que circulam por aí.
Fiquei pensando... por que os homens tem que se encher de brios e as mulheres serem exemplos de decência ?! por que não o contrário ?! os homens não deveriam ser mais decentes, principalmente no trato com as mulheres ?!
Ouvi a minha vida inteira que a honra e a palavra de um homem é sagrada, de fato é, desde que o homem neste caso abrangesse todo e qualquer ser humano, seja ele homem, mulher ou outro gênero que se faça entender.
E o que aconteceu no romance acontece ainda hoje na vida de muitas mulheres, esse fantasma que povoa a cabeça de um homem quando ele se julga traído.
Não devemos fabricar fantasmas, devemos sim procurar ser feliz mas, se os fantasmas persistem procure ajuda enquanto há tempo.
Bem, é isso, outra hora me explico melhor, hoje não fui nem um pouco Paulo Honório, enchi linguiça por demais.
Deixo aqui registrado a leitura de mais um livro, acho que estou me saindo bem este ano.
Término da leitura 22/07/2020 |
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