quarta-feira, 31 de julho de 2019

"Um ano"

Parecia que o dia iria transcorrer normalmente mas entre a tarde e a noite as lembranças foram chegando para atormentar minhas ideias... são os traumas que ficaram, se para minha recuperação física a queda é recente o que dirá para a recuperação emocional... não foi bom relembrar, tentei evitar... bateu um arrepio na espinha, até o tempo virou assim como naquele dia... tão nitidamente... em um segundo tudo pode mudar, a temperatura pode despencar e a nossa realidade pode virar de cabeça para baixo, a minha virou.... em um ano quantas coisas aconteceram... é diferente medir a nossa idade que não seja pela cronologia do nascimento e sim por uma tragédia, uma perda um renascimento, constatamos que envelhecer é um processo muito mais rápido do que podemos imaginar...
Passou um ano e vai passar mais um e mais outros... desejo que esse trauma e essas lembranças ruins  se tornem cada vez mais distantes... Preciso aprender sim, a viver, a envelhecer, a me aceitar...enfim, preciso ainda aprender tantas coisas...

terça-feira, 30 de julho de 2019

"Não era pra ser assim"

Um ano, sim, exatamente há um ano atrás caí.
Happy Birthday to me !
Parabéns para minha negligência !

Engraçado né ?! como a gente mesmo se surpreende, eu mesma pensei que hoje estaria me sentindo péssima e por incrível que pareça estou "de boa", acho que é porque não adianta chorar pelo leite derramado, o que foi foi e que bom que se foi... nova fase.

Estou sim ansiosa mas é por outro motivo, por um motivo bom, por um motivo que me motiva... "demente paixão" e põe demente nisso, só com uma boa dose de loucura pra sentir o que sinto, coisas de "Laurinha Figueiroa" coisas de Silvia. Esse sentimento não sai de mim e nem quero que saia, sentimento bom é pra se sentir, só não consigo dividir e as vezes ele transborda.

A sua existência me faz feliz, mas não conto isso pra ninguém - "segredinho"- difícil de esconder.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

"Gente fina é outra coisa, entende ?!"

Êlaiá ! Não queria deixar a "dona malvadeza" aflorar mas vou falar da experiência que tive e da minha visão particular sobre ela.

"Gente rica é outra coisa !"

Pra mim pelo menos é e sempre será, não é complexo de inferioridade não, é porque cientificamente água e óleo não se misturam, mesmo que a água seja dos alpes suíços e o óleo seja o mais fino azeite.

Há uma diferença visível nas classes sociais, e não venha me dizer que todo mundo é igual porque na anatomia, no gênero e na essência até podemos ser, mas em outros quesitos não. Veja bem, não estou me referindo ao bom ou mal caráter inerente as pessoas independente de onde tenham nascido e da educação que receberam, a questão aqui é muito mais simples e objetiva, estou falando de "Ricos" e "Pobres".

Sempre fomos pobres, estou incluindo minha família porque tanto a "riqueza" quanto a "pobreza" é herança familiar, vem do berço. Essa pobreza ao qual me refiro não tem nada a ver com miséria, singeleza e humildade ao extremo e sim com a dureza e as dificuldades por falta de grana, é óbvio que as oportunidades são maiores pra quem tem dinheiro do que pra aquele que não tem, por isso os ricos se sobressaem.

Quando eu e meus irmãos éramos pequenos nossos pais insistiam na nossa educação ressaltando a importância dos estudos na nossa formação, sempre estudamos em escolas públicas e o pouco inglês que aprendemos além do verbo "to be" foi por interesse nas músicas estrangeiras. Sabíamos nos comportar à mesa, mastigar de boca fechada, agradecer, cumprimentar, conversar e ser gentil. Andávamos impecáveis, sapatos engraxados a roupa passada e limpa e os cabelos sempre penteados, tudo graças a mãe que costurava e fazia das tripas coração para nos ver sempre bem arrumados.

Não era uma enganação e sim uma postura, a educação e as boas maneiras nos igualaria em qualquer situação. Nunca escolhemos nossas amizades pela classe social mas verdade é que sempre nos aproximamos das pessoas mais parecidas com a nossa condição. Um pouquinho de preconceito, talvez, porque na minha cabeça os ricos eram muito metidos à bestas.

Bom ! já me justifiquei pra caramba, vamos a experiência que tive...

Houve dois eventos que me tiraram literalmente do meu mundo, o primeiro foi no restaurante do "Terraço Itália", tudo bem que foi um evento social, mas fiquei feliz com a oportunidade de conhecer uma outra realidade e mais feliz ainda em me sentir uma jovem no meio de tantas senhorinhas bem mais velhas que eu, o segundo foi ontem no aniversário surpresa da matriarca de uma família abastada. Estava ali de viés acompanhando minha mãe que por sua vez passou a fazer "parte da família" por intermédio de meu irmão mais novo.

Agora vamos deixar a "dona malvadeza" aflorar... srsrsrsss

Constatei o que já sabia, rico adora echarpe, não confundir com cachecol, porque cachecol é para pobre, a echarpe faz parte do figurino do rico. É rico ? tem que usar echarpe pra atestar. A maquiagem tem que estar perfeita mas a pele tem que ser de veludo. As unhas impecáveis valorizam as jóias que pesam nos dedos e nos braços. O perfume tem que ser suave mas marcante. O cãozinho de estimação  no carrinho de bebê ultra moderno, vestido e coberto com uma manta.
 E os assuntos ?!  "Jetlag", "fuso horário", "grandes viagens", "imóveis no exterior", "filhos em outros países" enfim... panqueca é crepe e molho branco é bechamel, coisas de rico.
Cerveja importada, vinho do bom, champanhe, whisky, café... Bolo de nozes....
 Então né ?! Eles são ruins ?! Eles estão errados ?! Eles são metidos ?!
 Não. Eles são Eles, vivem no mundo deles e pra eles tudo flui naturalmente.
 Os invejo ? De jeito nenhum, não troco minha vida de pobre, aliás adoraria ter levado um pedacinho do bolo pra casa, bolo amanhecido é tão bom !







sexta-feira, 26 de julho de 2019

"As vezes"

As vezes minha cabeça fica confusa, as ideias se embaralham e não há sentido... há tantas coisas que penso em escrever e estão todas dentro desta cachola oca, e não, não é um saco vazio é sim um saco sem fundo com histórias, questões, sentimentos... e ordená-los as vezes fica impossível... são fases... vai passar como tudo nesta vida... tentei, tentei de novo, não consegui, guardei... as vezes acontece, nem precisava registrar isso, há dias que as ideias emperram.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

"Ontem"

Esquisito isso !

Estou me sentindo estranha por dentro, não é dor, parece que estou chocando gripe mas não, é uma prostração misturada com uma ansiedade, querendo que tudo aconteça rápido para resolver sabe deus lá o quê, como se o tempo já não passasse rápido o suficiente para atazanar a vida da gente. Decididamente não é uma sensação boa.
Ontem estava assim...esquisita. Fui empurrada para a academia e foi a melhor coisa que fiz, tenho certeza que se não tivesse ido á musculação estaria me "estapeando" até agora.
Essa minha ansiedade me prejudica demais, desconto na comida alternando doce salgado, salgado doce... é horrível, sensação de perder o controle, sensação de perder o prumo, o equilíbrio, sensação de estar insatisfeita com meu comportamento... é ! Esquisito isso !
Penso que fatores externos estão contribuindo e que eu não deveria me abalar tanto.
Por que me abalo ?
Por que me incomodo ?
Não deveria e esse "não deveria" só piora a situação, cobranças e mais cobranças... não quero ser perfeita, quero ser coerente e equilibrada (pouca coisa !).
Vai fazer um ano que caí...não é da minha queda que preciso falar, com certeza o farei dia 30, quero falar do "se" em minha vida... se não tivesse lavado a cozinha, se não tivesse interrompido a limpeza para ir á aula de canto, se não tivesse voltado afobada para terminar logo o serviço, se não tivesse descido rápido da escada... e "se" "se" e "se".... Seria tudo diferente, com certeza seria, aí então entramos no "era"... era para estar caminhando, era para estar me preparando, era pra estar viajando...
O "se" não existe e o "era" também não. Ontem eles foram e nós ficamos, fato.
Faremos planos para o futuro, ano que vem quem sabe?! É, quem sabe do futuro ? A sorte ? O azar ? A fatalidade ? É ! quem sabe do ano que virá? Quem ?!!!

*há outros fatores, mas estes também não quero falar... deixa pra lá ! (##)

terça-feira, 23 de julho de 2019

"Canção para Stellinha"

Nasceu uma
Estrelinha linda
De sorriso brilhante
Com a doçura do mel

Surgiu como um sol
Radiante
Como um anjo dançante
Num pedaço de céu

Cantei essa canção pra ela
Embalar-se num sonho de
Sorriso e Amor

Toquei com acordes baixinhos
Dentre mil passarinhos
Como um beija-flor

All you need is love
All you need is love
All you need is love

Composição : Carlos Auricchio - 2019

* Aniversário de um ano de Maria Stella (Stellinha).

domingo, 21 de julho de 2019

"20 de Julho : Dia do Amigo"

Eu não sei se coincidentemente ou não mas ontem pela manhã tive uma grata surpresa, uma reaproximação inesperada, alguém que me faz bem, precisamos de amigos tanto quanto precisamos de amores. Tenho poucos amigos mas os que tenho me são valiosos. Por vezes não atinjo as expectativas, deixo muito a desejar mas não faço por mal, acho que amigo que é amigo entende.
Ando aprendendo tantas coisas, uma delas é lidar com minha ansiedade e meus sentimentos, as vezes destrambelho, saio do prumo, mas esta relação em particular anda me ensinando muito, e é tão bom aprender, a gente se sente viva. São os erros e os acertos que vão nos ensinando a ser uma pessoa melhor. Não sou perfeita, ninguém é, mas sou uma pessoa do bem, procuro ser gentil e educada, sempre me coloco no lugar do outro, tenho estima e bons relacionamentos, mas a minha amizade verdadeira é para poucos. Meu(s) Amigo(s) que todos os dias celebremos a nossa amizade, com pequenos gestos de carinho e atenção, Feliz Dia do Amigo !!!!

sexta-feira, 19 de julho de 2019

"O que a gente sente"

Durante muitos anos da minha vida acreditei que "ser triste" fazia parte da minha personalidade, sim, porque não era um sentimento momentâneo originado por algum fator externo, ao contrário, a minha realidade não era para tanto e mesmo assim vivia muito triste, e nada absolutamente nada justificava essa minha tristeza que se estendia minando minhas relações.
Há males reais e os imaginários e entre ambos com toda certeza do mundo o mais difícil de curar são  aqueles que a gente inventa dentro da nossa cabeça doente, sim, é difícil diagnosticar, daí procuramos o remédio na farmácia ou numa esquina qualquer, nos entregamos ao vício para suprir essa falta esse vazio que persiste dentro da gente e tudo vira um ciclo nos tornando dependentes piorando a situação ao invés de resolvê-la.
Somos viciados. Acho que pela primeira vez estou generalizando, falando por mim e por todos, porque mesmo não querendo admitir fato é que usamos "muletas" para nos mantermos em pé, seja ela fantasiada do bem ou do mal.
Importante saber que tanto a tristeza real quanto a imaginária tem solução.
Quando descobri que meu mal era físico as idéias se clarearam e pude ver uma luz no fim do túnel e por incrível que pareça a medicação na dose certa me abriu o caminho para sentir e viver a vida sobre um outro aspecto, com o olhar mais otimista, Eureca !!! estava curada da tristeza ?! Por um lado sim, as minhas reações passaram a ser mais positivas, percebi que ninguém é feliz o tempo todo, e que o grande lance era saber lidar com as frustrações traduzida em "infelicidade" momentânea o que já era por si só um bom começo. Não nasci pra ser infeliz e deveria ter descoberto isso há muito mais tempo.
Não é normal muito menos natural "ser triste".
A tristeza existe, mas ela deve ser breve e passageira, se estiver fazendo parte da sua personalidade está errado, procure a razão, as vezes pode ser fácil diagnosticar, a minha por exemplo tem nome : "Hipotireoidismo de Hashimoto" (chique né ?!)

quarta-feira, 17 de julho de 2019

"Nem tudo está perdido"

Olá !

Os sentimentos, a vida que levamos e o tempo que temos para cumprirmos nossas tarefas se misturam e "assim caminha a humanidade"...
Tenho sentido, tenho vivido meu cotidiano e tenho cumprido com competência minhas tarefas, aliás é isto que me deixa feliz, poder cumprir ao que me proponho e "assim caminha Silvia"...
Tenho tentado dividir bem o meu tempo e falando em tempo que puxa ! como passa rápido ! mas não me surpreendo porque é assim mesmo... a sabedoria popular diz uma porção de coisas e entre elas : "o tempo nos ajuda a esquecer", "com o tempo a ferida vira cicatriz", "o que os olhos não vêem o coração não sente".... e por aí vai, salve a sabedoria popular ! Estou dando tempo, a ferida está fechando e os olhos estão bem vendados.
Ultimamente ando expressando meus sentimentos em versos porque está difícil dissertar.
Os versos deixam subentendido e as vezes é melhor não ser tão explícito.
Embora eu me divida no cuidar das pessoas que amo e nas quais me julgo responsável ando focada em mim. Quero me cuidar e me proteger do que me deixa entristecida, por isso evito me aborrecer com coisas pequenas e de relativa importância.
As questões existenciais sempre serão pertinentes para mim, me questionar e buscar respostas já faz parte deste meu ser. Tenho as respostas mas elas estão tão escondidas dentro da gente que não nos chega ao cérebro ou a razão. Pra quê pensar tanto ?! Muitas vezes pensar me faz sofrer, então é melhor não pensar... vou me ligar no automático e deixar acontecer.
Me convenço que nem tudo está perdido, existe uma remota possibilidade e vou me agarrar a ela quando estiver esperançosa, assim como hoje...





terça-feira, 16 de julho de 2019

"Ciclos"

Anseios...
Na aurora da vida
Amanhece o dia
Quimeras da jovialidade
Inocente alegria...

Desejos...
Sonhos inalcançáveis
Maturidade que se arrasta
Na utopia das horas
Cai a noite
Amanhece outro dia...

Vontades...
Realidade que desvenda
Breves possibilidades
Certezas vãs
Pretensiosa sabedoria
Encerra a porta
Crepúsculo, melancolia...

Anseios, desejos, vontades.

domingo, 14 de julho de 2019

"Te Vejo"

Quando te vejo penso
Que tu também me vês
Desfeito o engano
Reporto-me a realidade
Janelas
Fotos
Sentimentos
Coração
Breve e passageiro
Na alegria ou na dor
Tudo é vão
Falsas verdades
Desvendam
Anseios
De sonhos
Que jamais
Se realizarão...


"Considerações"

Sobre a hidroginástica :

Dentro da água do pescoço para baixo somos todos iguais.

Sobre a morte :

Embaixo da terra somos todos iguais.

Filosofando :

Enterrados ou submersos nos nivelamos...



*descobri a pólvora.


quinta-feira, 11 de julho de 2019

"Ecos"

Acontece no silêncio.
Sala vazia.
Vales profundos.
Reverberamos sons.
Palavras guardadas.
Contidas.
Palavras, não gritos.
De que vale gritar se ninguém vai ouvir.
Reverberamos.
Onomatopeias.
Reverberamos.
Interjeições.
Os sons voltam.
Repetidas vezes.
Ecos me fazem companhia.

quarta-feira, 10 de julho de 2019

"Inverno"

Olá !

Vivemos dias de frio em São Paulo.
 Muito agasalho.
 Caldos.
 Vinhos.
 Café.
 Depende da hora.
 Tudo cabe.
Vontade.
 De não fazer nada.
 Ficar encolhida.
 Hibernando.
 Até o sol voltar.

Sol, volta !

sábado, 6 de julho de 2019

"Seu Edu"

O trânsito estava literalmente parado na mesma avenida que outrora não passava de uma rua tranquila por onde circulava o ônibus Elétrico.
Dentro do carro eu e minha mãe observávamos saudosistas as poucas casas que resistiram ao tempo, e dentre elas o prédio de esquina, hoje com aspecto abandonado e invadido pelos desvalidos.

Comecei então a fazer uma viagem no tempo...

1972 : Curso de Admissão, professor Edu, Aulas Particulares.

Na minha época de estudante as escolas públicas faziam uma seleção para ingressar no Ginásio, era o temido "Exame de Admissão".

Fato é que fiquei reprovada em matemática e para não perder aquele ano meus pais, com todo sacrifício do mundo, me matricularam no curso de Admissão Ginasial do Professor Edu.

Sabe aquela história de que há males que vem para o bem ?! Pois então, foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido, conhecer seu Edu e seu método de ensino.

O Cenário.

A porta do prédio dava para a rua e vivia aberta no horário das aulas, uma longa escada nos levava até um salão enorme onde eram ministradas as aulas, as carteiras eram agrupadas ao centro com um grande espaço livre no entorno delas, bem em frente ficava o quadro negro e a mesa do professor, repleta de livros, pilhas de provas, redações e trabalhos escolares, no canto oposto havia um pequeno palco a meio metro do chão, e na lateral uma entrada para o vestiário e banheiros, havia também no outro extremo do salão uma poltrona antiga de couro, ao lado uma vitrola portátil  com uma caixa grande repleta de discos de vinil, alguns tão antigos que só tocavam em rotações específicas,  bem era este o cenário que convivi naquele ano de 1972, que não teria o mesmo encantamento sem a presença dele, seu Edu, nosso professor.

O Mestre.

Seu Edu  aparentava ter mais de sessenta anos, de estatura mediana, pele clara, bigode ralo e cabelos brancos usava sempre o mesmo figurino : colete, paletó, boina de feltro na cabeça e um cachecol xadrez enrolado ao pescoço.
Sua voz era grave e rouca, o cheiro da bala de hortelã na boca se misturava ao cheiro de cânfora, característico das pessoas idosas que sofrem de reumatismo.
Impunha respeito e austeridade ao mesmo tempo em que era amável e dócil.


Estratégia.

Uma hora antes da aula seu Edu tinha como estratégia promover um "bailinho" para os alunos. Nos sentíamos motivados, gostávamos de ouvir as músicas e dançar, sempre supervisionado por ele, obedecendo as regras da boa educação e respeito. Era uma alegria tão grande que as ausências eram nulas, íamos até doentes para a aula.

A Metodologia.

Naqueles tempos a metodologia de ensino era muito severa e não se ouvia falar de "bulling", "abuso de autoridade" nem nada parecido, e seu Edu tinha lá os seus métodos, que seriam condenados hoje em dia, mas que funcionavam que era uma beleza.
No palco ele promovia competições entre meninos e meninas com perguntas de português e matemática e quem perdia era obrigado a pagar com chicletes ou balas para o vencedor. *As meninas sempre levavam a melhor.
Toda sexta-feira escrevíamos uma "composição" com temas inspirados em imagens de calendários antigos com crianças loiras perfeitas, brincando com bichinhos lindos no meio do feno numa paisagem bucólica européia maravilhosa. *Me esforçava ao máximo para tirar boa nota na redação porque o castigo para as notas baixas era vergonhoso e humilhante.

A Metodologia do Castigo

Segunda-feira : dia de receber as redações corrigidas.
A cada lance de escada meu coração acelerava, batia tão forte que ao chegar no salão tinha a impressão que saltaria do peito pela boca.
No quadro negro alguns burrinhos desenhados a giz com os nomes de quem não atingiu a média nas redações.
Quantas segundas-feiras de sufoco e de alívio (nunca fui burrinho), sim porque o castigo não se limitava ao desenho dos burrinhos, ia além e esse além era bem pior.
A entrega das redações era decrescente, quando chegava no insatisfatório os referidos "burrinhos" se posicionavam à frente e eram obrigados a vestir um chapeuzinho de burro feito de cartolina, pensa que acabou por aí ?! Não, tudo que era ruim podia ser pior. Ao término da entrega de todas as redações os pobres eram obrigados a percorrer o entorno da sala em um pé só, saltitando ao sons do relinchos e gestos de chicoteadas dos "colegas" incentivados pelo professor. Quanta humilhação ! Quanta vergonha ! Alguns estavam tão acostumados que aparentemente nem se importavam mais, levavam na brincadeira, mas não para mim, pois toda segunda-feira o coração saltava, nunca tive traumas e hoje as lembranças me fazem rir.

Parada no trânsito olhando a calçada e a porta que outrora vivia aberta parece que ouço a vitrola no último volume tocando a música preferida de seu Edu : "Adeus Solidão"- Carmem Silva, a nos convidar para o "bailinho" antes da aula.

Saudades !






































"Saliências e Protuberânceas"

Êlaiá !!! E lá vem sonho de novo... ando reprimindo desejos senhor Freud.

Então... estava contando mas resolvi apagar, tem sonhos que é melhor ficar apenas no imaginário... (##nadadesemvergonhices) rsrss.

Quem era ?!
Era ##
Mas não era.
Na aparência era ## mas...
Na audácia, na impetuosidade não era !!!
Então quem era ?!!!

Sei lá !!!
Só sei que foi assim.
Só sei que foi bom.

Ai! Ai! (suspiro).



quinta-feira, 4 de julho de 2019

"Do-lo-ri-da"

.....Um belo dia resolvi mudar.... (música Rita Lee) rsrsrsrsss

Até parece né ?! Continuo a mesma só que tentando fazer coisas diferentes e não é pra sair da mesmice não, é porque se faz necessário e urgente.

Cortei meus lindos cabelos longos e lisos, siiimmmm, com toda vontade de quem quer cortar um monte de coisas ruins, cortei cortando, o cabelo, as outras coisas ? bem ! deixa pra lá, um dia eu corto de verdade rsrsrssss.

Estou frequentando uma academia, conhecendo pessoas novas, saindo um pouco fora desse ciclo fechado que é a vida da gente, as mesmas atividades, as mesmas pessoas o mesmo tudo.

Não vou dizer que estou adorando mesmo porque estou muito dolorida rsrsrssss

Dizem por aí, veja bem, dizem ou eu li não sei onde, que qualquer atividade para se tornar rotina ela tem que incorporar no nosso cotidiano... rsrsrsrsss preciso me explicar melhor...

Ouvi que se a gente repetir uma ação setenta vezes em setenta dias ela deixa de ser "obrigação" e acaba se tornando prazer e satisfação, mas esses "setenta dias" não devem ser interrompidos.

Tô tentando, juro, tô tentando !

Hoje está chovendo, amanhã é previsão de friaca brava em São Paulo e eu não posso não devo não vou desistir nem interromper esses malditos setenta dias, preciso me dar a chance de "amar academia".

Então farei o seguinte, eu vou, com chuva, com neve, com o que vier, completarei os setenta dias e se a atividade física não se incorporar em meu ser... eu... eu o quê ?! eu choro !!!!! rsrsrsrsss


"Senhor, fazei de mim uma atleta !"


*acreditando em milagres.