sábado, 1 de fevereiro de 2020

"En attendant Godot"

Não somos iguais, talvez parecidos, alguns mais do que outros, mas igual, igualzinho, nem gêmeos univitelinos são, cada pessoa tem sua própria identidade sua maneira particular em enxergar a vida em lidar com problemas, superar obstáculos, enfim.... mas as paixões humanas, as crises existenciais, estas sempre irão existir, sempre ! E elas são únicas, e pertence á todos, indistintamente. Percebo isto todas as vezes que pego um livro para ler, não importa se de mil e setecentos, mil e novecentos ou o best-seller do momento. O "ser ou não ser"e todos os questionamentos sobre a vida e a morte, são atuais, todas as dúvidas inerentes a cada indivíduo, estão aqui dentro, no âmago. Sentimentos que permeiam os dias, provocados por conflitos de qualquer natureza, internos ou externos, legítimos ou inventados, estes sempre irão existir e causar reações, claro que individuais mas que se assemelham, se encaixam, que nos tornam de certa maneira iguais, ou sei lá como exemplificar, fato é que por conta disto  nos identificamos ou nos espelhamos em determinadas situações ou personagens....acontece, e não me admiro quando o autor consegue exprimir em palavras sentimentos que  não saberia pensar, dizer ou escrever, apenas sentir e me identificar .... confuso não é ?! mas eu sou confusa, sou este ser humano cheio de dúvidas, que tenta ponderar, relevar, que não sabe como agir, que tem dificuldade para decidir, que carrega toda culpa de existir, que se ama, que se odeia.... faz tempo ando esperando Godot, ontem esperei Godot, hoje talvez Godot apareça, e se não vê-lo hoje, quem sabe amanhã ?!

*A eternidade é como a noite, uma criança travessa.



Ando com a cabeça em maré alta, mar revolto .....mareada !

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