terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

"Lá vem os meus questionamentos..."

Ultimamente ando me auto avaliando.

Não é uma questão de julgamento.

É uma constatação.

Meus filhos são milhões de vezes melhores do que eu.

Desenvolveram dentro deles a capacidade de perdoar.

Pra mim é bom que sejam assim.

Os tornam seres humanos dotados de sentimentos nobres.

Não são perfeitos mas são boas pessoas, de coração bom e mente aberta.

Não consigo me enobrecer com nada que venha de mim.

Ao contrário, me envergonho tantas vezes quando me pego com pensamentos mesquinhos.

As minhas mágoas não me concedem mais o perdão.

O máximo que consigo fazer é relevar, quando dá, mas...

Fui relevando a minha vida inteira e o copo com a paciência foi se enchendo, foi se enchendo, foi se enchendo... até que transbordou.

Não tolero mais nada simplesmente porque não tolero e não quero mais tolerar.

Chega de arrumar desculpas esfarrapadas para as falhas alheias.

Quando chego nesse estágio de ser tão rigorosa com os outros acabo sendo rigorosa comigo também.

E de uns dias pra cá ando fazendo o exercício as avessas.

Todas as vezes que aponto as falhas alheias me pergunto se não sou igual ou pior.

Com certeza sou muito pior.

Mas eu também não posso confundir meus sentimentos por conta dessa rigidez.

Ser grato não é sentir gratidão.

Ser grato é o "muito obrigado" da boca pra fora.

Agora gratidão não.

Gratidão preenche, e é maravilhoso se sentir preenchida.

Mas convenhamos, gratidão não é amor, ou quase é, não sei....

Então o que é que eu sei ?

Sei o que não quero mais pra mim.

Mesmo me enxergando assim, tão vazia de sentimentos, sejam eles bons ou ruins.










Nenhum comentário:

Postar um comentário